A autoridade é serviço
No Evangelho Jesus mostra-nos o verdadeiro caminho para quem quer ser seu discípulo e quer seguir as incómodas palavras do Evangelho: ser o último, ser servo, ser pequeno; notamos imediatamente a estranha atitude dos discípulos de que enquanto Jesus explica que terá que ser entregue nas mãos dos homens e ser morto, eles são levados por outros discursos, ou seja, discutem entre si qual deles é o maior, o mais importante … eles são indiferentes diante de uma comunicação tão cheia de sofrimento e dor.
Jesus, apesar de tudo não os afasta, ele conhece o coração de cada pessoa humana que muitas vezes se deixa levar por cálculos e projetos sem entender o que realmente importa , então ele dirá: “Se alguém quer ser o primeiro, seja o ‘último de todos e o servo de todos’; se você quer ser um verdadeiro discípulo e valer algo aos olhos de Deus, coloque-se a serviço dos humildes e dos pequeninos. Jesus abraça uma criança e neste abraço mostra que sempre temos a oportunidade de apreender a ternura de Deus.
Todos nós frequentamos e conhecemos ambientes onde a dinâmica fundamental é a dinâmica da competição. Crescemos na crença perversa de que o outro é um oponente a ser eliminado: muitas de nossas interações são baseadas nesse objetivo. Para sobressair-nos, massacramos outras pessoas. Penso: “Tenho que sobressair, do contrário não serei nada”.
Por isso mesmo Jesus vai chamar uma criança para usá-la como exemplo para os discípulos. A criança está sempre desarmada, é indefesa e insegura, necessitando da ajuda dos adultos, que em geral são mais seguros, confiantes em si mesmos.
Jesus nos convida a mudar nosso olhar sobre nós mesmos e sobre os outros. Ele nos pede para não vivermos em espírito de competição, pois o outro não é um adversário a ser eliminado, mas é o nosso próximo digno da nossa caridade fraterna, digno de ser amado e respeitado.
Quando se constrói uma casa, se começa pelo alicerce e ninguém vê o alicerce, mas é ele quem sustenta toda a imponência e beleza da construção.