MMA
Na política vale tudo,
De elogio a um cascudo.
As promessas são escudo
De todo candidato papudo.
Não sou bobo; mudo,
Depois cobro o bocudo.
Ao ensaísta e professor moralista,
Joubert, francês, editor ativista,
Osso pra oposição, é simplista,
Tem-se que deixar; realista.
É da política, partidarista,
A casca da banana na pista.
Vejo, de vice, tucano ferrenho,
Do barbudo formado no engenho.
Foca na estrela o desenho
De como coroar o desempenho.
Do que se xingaram, me abstenho,
O troço é de franzir o cenho!
Com a dragona de capitão,
Aí vem o mito na contramão.
Acha que fala com o povão,
Mesmo useiro de palavrão.
Suas bravatas são bordão:
Entra Braga, sai Mourão!
Falam de uma terceira via.
Deve ser conversa de espia.
Sério, Ciro amaldiçoa misoginia.
Polarização está posta, todavia.
Ainda colhe de sua verborragia
Mesmo com Ana Paula, da Bahia.
Sabe a dupla Simone e Mara,
Do Manda Brasa, não repara!
Não são as sertanejas, cara!
Patricinhas do senado, ave rara,
O poder às mulheres, pregam tara.
Queremos a Simaria, sua arara!
Ex-presidiário de trabalhista esquema;
Democrata cristão, com mesmo lema;
Dona de motel, segura o tema,
Economia liberal, sem problema.
Publisher e cientista político, é gema.
Comunista dos instrumentos, uma alfazema!
Sabemos que estamos lascados.
Há lobos para todos os lados.
Os socialistas estão capitalizados
E os liberais dão de reformados.
Culpa da urna eletrônica, falsos inconformados!
Os impressos, com os mandões estão enterrados!