Inspirados

Tempero

A metrópole em seu universo

Ignora os que o fazem.

As coisas têm valor, ao inverso

Das individualidades que comprazem.

Todos estão correndo

Ou se comportam assim.

Um mais um, não compreendo,

Dois não são, é o fim!

No lotado restaurante

Filas são para tudo.

Já na entrada, estressante,

O vozerio tange o mudo.

As conversas são furadas,

De rompantes negociais a amorosos.

Grupos de funcionários, em manadas,

Exibem o que não são, jocosos.

As moças bem maquiadas,

O liberal e o executivo

Abrem falsas risadas.

Amordaçam o intuitivo.

Não dá para não perceber

O vazio da aparência.

Desfigurada, a multidão, a padecer

Encena a sua inconsistência.

Sobrou a senhora sozinha.

As mesas todas ocupadas.

Bandeja nas mãos, o que tinha?

Potes de sobremesas variadas.

À minha frente havia

Uma cadeira liberada.

Fosse no interior, continuaria,

Por causa de língua afiada.

Compreendi, de imediato,

O protocolo do cavalheirismo.

Na importância do anonimato

A quebrantar o individualismo.

Sentando-se ela, portanto,

Com os seus doces ficou.

Apenas a criança, conquanto

Sorriso dela arrancou!

Gente grande é apressada

A dar vida à indiferença.

Os pequenos, de lavada,

São os maiores de presença.

Dr. Theo Maia

Advogado Previdenciarista (OAB-SP 16.220); sócio-administrador da Théo Maia Advogados Associados; jornalista; influenciador social; diretor do Portal Notícias de Franca; bacharel em Teologia da Bíblia; servo do Senhor.

2 Comentários

    1. Obrigado, Eliana Campos. O título da poesia é fitness, bem à moda do com que você lida como brilhante nutricionista, Li.
      Rsrsrs!

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