Opiniões

História desrespeitada, desabafo do contribuinte!

Por José Valdair Costa Rios


O Condephat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Turístico) tem a função de proteger, valorizar e divulgar o patrimônio histórico e cultural do município de Franca. Nessa categoria, encaixam-se bens móveis, imóveis, edificações, monumentos, bens imateriais, núcleos históricos e outros. Todo cidadão, organização pública, civil ou privada têm o direito de solicitar ao condephat a proteção de bens culturais que considerem importantes para a memória de Franca”.

No dia (03) de março de 2021, estivemos no gabinete do vice-prefeito, Everton de Paula, eu, José Valdair e Ana Paula Voss, momento em que levamos a ele a proposta de restauro e adequação para uso do antigo prédio da Estação da Mogiana, onde seria criado o “Memorial do Artista Francano”, ideia que foi muito bem recebida.

 Pouco depois desse acontecimento, fomos mais uma vez convidados para outra reunião, em que estavam presentes outros representantes de órgãos da atual administração.

Após essas duas datas, nunca mais fomos convidados para nada. (Mortos os pais da criança). Seguiu-se o ano de 2021, e neste ano de 2022, precisamente dia 28 de fevereiro, o prefeito Alexandre Augusto convida a comunidade francana para seu gabinete e anuncia a criação de um mercado popular no local, e um espaço para a criação do memorial Salles Dounner.

Nessa ocasião, pude entregar ao prefeito e seu vice um livro que escrevi “ESTAÇÃO MOGIANA – FRANCA” sobre os aspectos econômicos e culturais do referido monumento. Vejo hoje, 06/05/22, a notícia: (prefeito confirma mercado popular e centro cultural na Mogiana, e anuncia licitação).

O Condephat, representado pelo Poder Executivo, na figura do Vice-Prefeito Everton de Paula e também pelos cidadãos:  professor Pedro Geraldo Saadi Tosi, representante da Faculdade de História, Direito e Serviço Social de Franca, UNESP;  Linda Terezinha Saturi, representante do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Franca – UNIFRAN/CRUZEIRO do SUL;  Ariel Garcia Rached,  representante da Câmara Municipal;  José Luís Rodrigues Alves, representante da associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da Região de Franca; Marcelo Pini Prestes, representante da Cúria Diocesana de Franca,  que, com certeza, aprovaram o projeto do prefeito Alexandre Augusto. Pessoas da mais ilibada confiança da gente francana não aconselharam, devidamente, o nosso alcaide ou realmente houve um erro no projeto da Mogiana.

A ideia do MEMORIAL DO ARTISTA FRANCANO, conforme cita o livro, é a de criar, no referido espaço, não só o Memorial do artista Salles Dunner, mas sim o memorial de todos os artistas francanos (Helio Tasso, Cariolato, Banharelli, Gaspar, Alberto Ferrante, Wagner Voss, Valter Bortolato, professor Chafic e tantos outros), idos, e os atuais: Clecio Telini, Enrico Nery, Carlos Macedo, Layon, Toninha Ravagnani, Pedro Schirato, Lucas Cassarotti  e com certeza muitos mais, que estão na obscuridade ou desconhecidos e, com o passar do tempo, ficarão afundados mais nas cinzas do passado.

 Temos que ter ideias maiores! Vamos nos basear no Museu de Arte de São Paulo (MSP). No local, pretendemos criar escolas gratuitas: de pintura, oficinas de literatura, sala de cinema, música, teatro, dança, contação de histórias, aulas de capoeira e outras atividades sócio culturais.

Exemplos como as cidades de São Paulo, que recuperou a Estação da Luz e fez-se lá uma das maiores salas de concertos do mundo. Araraquara virou centro cultural; Brodowski também. São Joaquim da Barra, Restinga, Cristais Paulista, Pedregulho, todas com suas estações recuperadas e destinadas a atividades socioculturais. Franca, ao contrário das cidades citadas, vai na contramão e despreza suas riquezas culturais.

José Valdair Costa Rios. Presidente do Memorial do Artista Francano. https://www.facebook.com/zevaldair.rios . Contato do José Valdair (16) 9.9212.3907

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