Opiniões

Meu filho/a não gosta de estudar,  e agora?

O fim do bimestre está se aproximando, será que o rendimento escolar do seu/sua filho/a corresponde mesmo à sua aprendizagem, ao seu prazer e hábitos de estudo?

Muitos pais deixam o primeiro bimestre como etapa de adaptação ao novo conteúdo da retomada das atividades presenciais e acabam não se preocupando muito com o rendimento escolar dos filhos, deixam tudo mais solto, achando que ainda têm tempo… mas quando o resultado chega o espanto vem junto, e agora, o que fazer?

Quem tem ou teve filho em idade escolar, já passou por isso!

Os pais dão  aquele voto de confiança, passam na porta do quarto,  perguntam se tem lição, se já estudou, olham o caderno, e tudo parece perfeito…

Mas quando chega o boletim, não foi tão perfeito assim!

Muitas vezes as notas refletem mais que dificuldade de aprendizagem, mas a procrastinação na hora de estudar.

Alguns estudantes apresentam problemas nos resultados das avaliações por falta de organização e rotina de estudo.

Evitar a procrastinação não é uma tarefa fácil, mas é possível, é uma responsabilidade compartilhada entre pais e filhos.

E, sim! Podemos ajudar nossos/as  filhos/as a criar hábitos de estudo e a gostar de estudar.

Aprender é divertido!

Os estudantes de hoje precisam de motivação, saber a importância do estudo além da “obrigação”. Aliás, por obrigação, não vamos conseguir convencê-los a estudar

Fazer o/a filho/a estudar é importante não apenas para que ele/a passe no vestibular, mas para a vida!

É importante que ele/a saiba disso, que independentemente da carreira, ou universidade que deseje ingressar, aprender nos dá autonomia e liberdade.

O prazer por aprender e o hábito de estudo devem ser cultivados na rotina desde os primeiros anos escolares. Se seu filho/a já passou dessa fase, não se preocupe,  nunca é tarde para se criar bons hábitos!

Antes de julgar os filhos/as precisamos descobrir as causas para esse desinteresse,

1. Baixa autoestima

Para alguns estudantes a falta de confiança pode afetar o desempenho escolar, o medo de fracassar,  de não corresponder às expectativas dos pais, os rótulos de anos anteriores podem desmotivar e comprometer o envolvimento no hábito de estudo.

O fato de ter se dedicado e não ter alcançado o resultado esperado, também é uma situação que causa insegurança, podendo acarretar à perda de  interesse pelos estudos, pois acreditam que não conseguirão uma boa nota de jeito nenhum, passam então a desacreditar da própria capacidade.

2. Falta de independência

Às vezes, os pais querem tanto ajudar o/a filho/a que acabam fazendo a maior  parte das tarefas. (escovam os dentes dos filhos, penteiam os cabelos, servem nas refeições, arrumam a mochila.) no lugar do filho.

Quando fazem isso os/as filhos/as entendem, que não são capazes, e precisam sempre de alguém para ajudá-los.

Quando o assunto é estudo, isso é um problema, porque o estudante deve desenvolver a capacidade de estudar sozinho. Ele precisa conseguir se organizar e realizar suas tarefas, sem que haja alguém por perto para mandá-lo fazer suas atividades.

Se o adulto sempre o chama para começar a tarefa, por exemplo, ele entenderá que os estudos são feitos com a presença de alguém e não vai desenvolver  autonomia.

3. Questões emocionais

Pode ser que o seu/sua  filho/a não esteja interessado nos estudos por estar triste em razão de algum acontecimento em casa ou na própria escola, e por isso não consegue se concentrar na matéria.

Até mesmo as crianças pequenas têm problemas, conflitos emocionais que podem afetar os estudos, as relações são importantes para aprendizagem.

O bem estar emocional dos estudantes sempre foi importante, em tempos pós pandemia, recebem uma atenção ainda maior.

4. Dificuldade de aprendizagem

Alguns estudantes sentem mais dificuldade para aprender e reter informações do que outros. Isso acontece por diversas razões, afinal cada pessoa aprende de um jeito, e algumas escolas têm só um jeito de ensinar.

Essa dificuldade pode acontecer quando a criança tem problemas para permanecer concentrada por muito tempo no mesmo tema, ou para compreender a informação passada, entre outros.

Nesse caso, para descobrir qual é exatamente a dificuldade de aprendizagem que o seu/sua  filho/a possui, o recomendado é consultar um especialista para  identificar a adversidade.

Dicas para estimular a prática de estudo:

  • Estruture a rotina com horários fixos para o dever de casa, o estudo e o lazer.  Esta definição de horários deve ser feita juntos, para que seja definido de acordo com a disposição e disponibilidade do estudante  para as tarefas e os estudos.
  • Defina os combinados, com regras claras.  O que será permitido na hora do descanso, como será o intervalo entre as tarefas. Caso o dever de casa não seja feito, quais serão as consequências. Seu/sua  filho/a precisa saber o que pode e o que não pode ser feito. Ex: vai poder jogar, pegar o celular, assistir TV.
  • Alertas e lembretes carinhosos. A afetividade é importante para as relações e compromissos, existem muitas maneiras de incentivar os estudos e a autonomia, fazer bilhetinhos divertidos, esclarecendo para seu filho o que deve ser feito é uma boa estratégia. Se a escola faz uso de agenda você pode deixar bilhetinhos que incentivam seu uso diário.

Ex: Filho, Einstein era desatento e anotava todas as coisas para não esquecer, você já conferiu a agenda para ver o que deve ser feito hoje?

Te amo! 😉

  • Feedbacks: Nossos filhos/as também gostam de saber se estão no caminho certo. O bom desempenho das tarefas na escola ou em casa, bem como as boas relações e o bom comportamento devem ser reforçados com elogios. Valorize as conquistas!!

O contrário deve ser pontuado numa fala não violenta  e construtiva, esclarecendo a conduta correta.

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