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Aílton Graça celebra especial da Globo e diz que 2022 terá o maior Carnaval da história

Quem é que não se lembra de um samba lendário de Carnaval que marcou época? Muitas canções ultrapassaram o limite do Sambódromo do Anhembi e da Marquês da Sapucaí e são lembrados e cantados até hoje. E sem Carnaval neste ano, a Globo vai reexibir 30 desfiles memoráveis.
Com comentários do sambista e ator Aílton Graça, 56, e do carnavalesco Milton Cunha, 58, o programa vai reunir os melhores momentos de 30 desfiles de escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro, que marcaram a história da folia. Serão apresentados 15 desfiles neste sábado (13) após o Altas Horas, e mais 15 no domingo (14), depois do BBB 21, sempre alternando as cidades.
“Tenho esse problema com Carnaval, são paixões que vão variando. Não quero nem apontar nenhum samba preferido, pois mesmo quando estou revendo os sambas eu me emociono da mesma maneira. Vai ter muito choro nesta transmissão. Para quem respira e sonha o Carnaval, é a vida da gente”, diz Graça, com mais de 40 anos de samba.
A seleção foi feita com a ajuda de curadores especializados, com apoio das Ligas do Rio e de São Paulo e das próprias escolas de samba. “São sambas que são verdadeiros gatilhos emocionais. Aqui no Rio teremos, por exemplo, ‘Kizomba’, da Vila Isabel, ‘Ratos e Urubus’, da Beija-Flor, ‘Vira Virou’, da Mocidade, que são desfiles muito emocionantes. São apresentações que ficaram na memória”, afirma Cunha.
Após o último desfile, no domingo, será revelado quem foi o melhor da seleção. O GShow abrirá uma votação simbólica para eleger o melhor de cada noite. “Essa classificação permite às pessoas reviver as memórias afetivas que elas têm com cada desfile. Vão poder lembrar onde pulavam Carnaval, se foi o ano do casamento, se estavam na avenida desfilando. Tenho certeza que as torcidas vão se mexer”, diz Cunha.
Possivelmente, Graça vai se ver na TV, já pronto para fazer comentários sobre ele mesmo. O ator está envolvido com a maior festa do Brasil desde a infância. Foi da ala das crianças, tocou instrumentos, foi passista, mestre-sala e agora é presidente da escola mais antiga de São Paulo, a Lavapés Pirata Negro.
“Se eu não estiver num samba de São Paulo eu quero estar em algum do Rio. Desfilei muito tempo na Gaviões, na Mangueira, fiz Portela, Salgueiro, Viradouro. Vou ficar surpreso se eu aparecer. Mas o Milton também é arroz de festa em escola, viu?”, diverte-se.
“É para matar a saudade mesmo e não deixar essa lacuna na vida das pessoas amantes do Carnaval. Faz parte da cultura e iria ficar brecha não preenchida caso nada fosse exibido nem festejado. Na pandemia vai ser um alívio e uma distração para as pessoas”, explica Aílton Graça.

‘O MAIOR CARNAVAL DA HISTÓRIA SERÁ EM 2022’

O ator, sambista e comentarista da Globo Aílton Graça diz que sempre defendeu que não houvesse Carnaval em 2021. Para ele, fazer Carnaval escondido atrás de uma máscara não seria legal nem justo com as pessoas. O artista avalia que toda a história do ano anterior é extravasada no meio da avenida com brilho e fantasia.
Até por isso, ele projeta a folia do ano que vem com mais segurança. “As vacinas estão chegando e nada substituirá a emoção de fazer um Carnaval genuíno. Em 2022 faremos uma festa com muitas novidades. O maior Carnaval da história será em 2022”, opina.
Para Graça, a folia depende de sorrisos e abraços. E já que isso ainda não é possível, o melhor é rememorar os grandes desfiles na Globo. “Vai servir para emocionar, acompanhar a evolução de tudo e rever quem já não está mais entre nós. A competição em si nem acho tão importante, mas sim o olhar de quem aprecia essa obra única que chama a atenção do mundo todo”, diz ele.
Parceiro de Graça na transmissão, o carnavalesco e comentarista Milton Cunha diz que um ano sem Carnaval é um ano sem a vitrine das comunidades. “O que é essa grande festa cultural? É a possibilidade de o povo das comunidades ocupar o centro da cidade e mostrar seu valor. São artistas, pintores, bordadeiras, costureiras, compositores e passistas dançando e exibindo a beleza dessa grande celebração cultural”, diz ele.
Embora não possam estar na Sapucaí ou no Anhembi, as pessoas poderão dançar. É o que ele torce para que aconteça com a reprise dos melhores momentos dos desfiles históricos.
“As pessoas estarão em suas casas, mas tomara que brinquem com travesseiros, pijamas e tudo o que estiver ao redor para matar um pouquinho dessa saudade. Estamos há 11 meses em quarentena. Então, é claro que as pessoas não vão perder essa oportunidade de brincar com seus familiares, de rir. E nós, os sambistas, vamos chorar muito de emoção.”

LISTA DOS DESFILES

De São Paulo

  1. Águia de Ouro (2020) – “O Poder do saber”
  2.  Mancha Verde (2019) – “Oxalá salve a princesa”
  3. Mocidade Alegre (2014) – “Andar Com Fé Eu Vou… Que a Fé Não Costuma Falhar”
  4. Acadêmicos do Tatuapé (2018) – “Maranhão: Os Tambores Vão Ecoar Na Terra da Encantaria”
  5. Unidos de Vila Maria (2017) – “Aparecida – a rainha do Brasil – 300 anos de amor e fé no coração do povo brasileiro”
  6. Dragões da Real (2017) – “Dragões canta Asa Branca”
  7. Rosas de Ouro (2005) – “Mar de Rosas”
  8. Tom Maior (2009) – “Uma nova Angola se abre para o mundo. Em nome da paz, Martinho da Vila canta a liberdade”
  9.  Império de Casa Verde (2005) – Brasil, se Deus é por nós, quem será contra nós”
  10. Barroca Zona Sul (2020) – “Benguela, a Barroca clama a ti, Teresa”
  11. Gaviões da Fiel (2003) – “Cinco deusas encantadas na corte do rei”
  12. Colorado do Brás (2019) – “Hakuna Matata, isso é viver”
  13. Vai-Vai (2008) – “Vai-Vai Acorda Brasil”
  14. Acadêmicos do Tucuruvi (2011) – “Oxente, o que seria da gente sem essa gente, São Paulo, a capital do Nordeste”

Do Rio de Janeiro

  1. Acadêmicos do Salgueiro (1993) – “Peguei um Ita no Norte” (Explode Coração)
  2. Mocidade Independente de Padre Miguel (1990) – “Vira Virou, a Mocidade Chegou”
  3. Unidos do Viradouro (1998) – “Orfeu – O Negro do Carnaval”
  4. Beija-Flor (1989) – “Ratos e Urubus, Larguem a Minha Fantasia”
  5. Portela (2017) – “Quem Nunca Sentiu o Corpo Arrepiar ao Ver Esse Rio Passar”
  6. Unidos da Tijuca (2010) – “É Segredo”
  7. Imperatriz Leopoldinense (1989) – “Liberdade! Liberdade! Abra as Asas Sobre Nós”
  8. Estação Primeira de Mangueira (2016) – “Maria Bethânia, a Menina dos Olhos de Oyá”
  9. Unidos de Vila Isabel (1988) – “Kizomba, Festa da Raça”
  10. Mocidade Independente de Padre Miguel (1985) – “Ziriguidum 2001”
  11. Beija-Flor (2011) – “A Simplicidade de um Rei”
  12. Acadêmicos do Grande Rio (2017) – “Ivete do Rio ao Rio”
  13. Unidos do Viradouro (2020) – “Viradouro de Alma Lavada”
  14. Império Serrano (2004 – reedição do samba de 1964) – “Aquarela Brasileira”
  15. São Clemente (2019 reedição do samba de 1990) – “E o samba sambou”
  16. Paraíso da Tuiuti (2018) – Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”

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