Religião

Alegres na Esperança

Nestes nossos dias em que vivemos na insegurança por causa da Pandemia, onde vemos tantas pessoas atingidas pelo desemprego, pela perda do poder econômico e pelas consequências advindas da Covid-19, a virtude da esperança precisa ser exercitada, professada e renovada em nossas vidas e corações.

Quando percorremos a senda da História, amparados no dom da esperança que o Cristo nos deixou, enfrentamos sem medo as realidades do mundo, os desafios, as tempestades, as noites escuras, os perigos e os anseios do futuro, com a convicção de que Jesus Cristo é o Deus da esperança.

Em Cristo, permanecemos “alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração” (Rm 12,12). Em Cristo, estamos “sempre prontos a responder a todo aquele que nos perguntar a razão da nossa esperança” (1 Pd 3,15). Cada vez mais, temos que confiar em Cristo, o Senhor da História, e entregar, com esperança, em Suas mãos, os esforços que fazemos em prol de um mundo novo, bem como os trabalhos que realizamos, visando a construção de uma sociedade mais justa. Mesmo diante de inúmeras dificuldades ou de inúmeros sinais de morte, “sem esmorecer, continuemos a afirmar a nossa esperança, pois é fiel Aquele que nos fez tal promessa” (Hb 10,23). A virtude da esperança é alimentada pela oração e edificada pela vida sacramental.

A esperança é virtude teologal, dada por Deus. “É na esperança que fomos salvos”: diz São Paulo aos romanos e a nós também (Rm 8,24). É com essa esperança que podemos enfrentar o mundo materialista que combate contra o espírito, sem desanimar. São Pedro nos pede que estejamos “preparados para apresentar aos outros a razão da nossa esperança” (1Pd 3,15). A Humanidade necessita de uma esperança que vá mais além da ciência e da política para ser feliz. Não é suficiente o “reino do homem”, é necessário também que seja implantado o “Reino de Deus” neste nosso mundo. Só algo de infinito pode-nos bastar, algo que será sempre mais do que aquilo que possamos alcançar. Um mundo sem Deus é um mundo sem esperança (cf. Ef 2,12).

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que: “A esperança é a virtude teologal pela qual desejamos como nossa felicidade o Reino dos Céus e a Vida Eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos não em nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo” (§ 1817).

As velas acesas na Coroa do Advento em nossas Igrejas simbolizam nossa fé, nossa alegria, nossa esperança que não decepciona. Jesus, é a grande Luz, “a luz que ilumina todo homem que vem a este mundo” (Jo 1,9).  

Fonte: Portal da Arquidiocese de Brasília e Portal Aleteia.

Pe Mário Reis Trombetta

É vigário da Paróquia Cristo Rei, em Orlândia. Já atuou nas Paróquias Santana, São Crispim e Santa Rita de Cássia, em Franca. Fez Filosofia na Capelinha, com os Agostinianos e, em 1992, seguiu para Florença, Itália, e posteriormente, Madri, na Espanha, para concluir seus estudos. Retornou a Franca em 96 e foi ordenado padre em 98. Completa este ano 23 anos de sacerdócio.

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